Comunicação em Saúde: a cobertura mediática e a gestão da crise COVID-19 numa universidade

Palabras clave: Comunicação em Saúde, Comunicação de Crise, Comunicação estratégica, jornalismo de saúde, COVID-19

Resumen

Em Março deste ano, Portugal encerrava a primeira instituição de ensino superior do país no contexto da pandemia de COVID-19. Os média cobriam exaustivamente o assunto, enquanto a Universidade do Minho (UMinho) iniciava os protocolos de gestão de crise. Neste trabalho, analisamos a cobertura mediática desta universidade e a sua estratégia de comunicação, como pretexto para refletir sobre os processos de produção noticiosa em situações de crise de saúde pública.

O estudo de caso foi a metodologia usada para olhar este fenómeno, com recurso ao método da análise documental (qualitativa e quantitativa) que permitiu tratar e interpretar os dados. Foram analisados os artigos noticiosos de seis meios – Público, Jornal de Notícias, Diário do Minho, Correio do Minho, ComUM e RUM - e as peças de comunicação tornadas públicas pela Universidade.

A análise mostrou um alinhamento entre a cobertura noticiosa e as mensagens da UMinho. Trata-se de um procedimento mencionado nas “boas práticas” da comunicação de crise, que levanta preocupações. A qualidade da informação no espaço público depende do alinhamento dos atores envolvidos no processo noticioso, ou do debate e do exercício do contraditório? Eis uma discussão que deveria aproximar os campos do Jornalismo e da Comunicação Estratégica.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

Atton, C., e Wickenden, E. (2005). Sourcing routines and representation in alternative journalism: A case study approach. Journalism studies, 6(3), 347-359.

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70 - Almedina Brasil.

Brockway, R. (2018). Internal vs. External Crisis Communications. Retirado de https://hmapr.com/internal-vs-external-crisis-communications/

Calvo, A. (2017, 09 de junho). El Pais. Retirado de http://elpais.com/elpais/2017/06/08/ciencia/1496933982_127392.html?id_externo_rsoc=FB_CC. 9 de junio del 2017

Casero-Ripollés, A. (2020). Impact of Covid-19 on the media system. Communicative and democratic consequences of news consumption during the outbreak. El profesional de la información, 29(2), e290223

Coombs, W. T. (2007). Protecting Organization Reputations During a Crisis: The Development and Application of Situational Crisis Communication Theory. Corporate Reputation Review, 10(3), 163-176.

Coombs, W. T. (2010). Crisis Communication and Its Allied Fields. Em W. T. Coombs e S. J. Holladay (Eds.), The Handbook of Crisis Communication (pp. 54-64). United Kingdom: Wiley-Blackwell.

Coombs, W. T. (2015). The value of communication during a crisis: Insights from strategic communication research. Business Horizons, 58(2), 141-148.

Costa-Sánchez, C. e López-García, X. (2020). Comunicación y crisis del coronavirus en España. Primeras lecciones. El profesional de la información, 29(3), e290304.

Despacho RT-23/2020 de 7 de março da Universidade do Minho. Retirado de https://www.uminho.pt/PT/viver/COVID-19/Documents/Despacho_RT_23-2020_PT.pdf

Despacho RT-24/2020 de 8 de março da Universidade do Minho. Retirado de https://www.uminho.pt/PT/viver/COVID-19/Documents/Despacho_RT_24-2020_PT.pdf

Despacho RT-25/2020 de 10 de março da Universidade do Minho. Retirado de https://www.uminho.pt/PT/viver/COVID-19/Documents/Despacho_RT_25-2020_PT.pdf

Duarte, J. (2011). Sobre a emergência do(s) conceito(s) de comunicação pública. In M. Kunsch (Ed.), Comunicação pública, sociedade e cidadania (pp.121-134). São Caetano do Sul: Difusão Editora.

Freimuth, V. e Quinn, S. (2004). The Contributions of Health Communication to Eliminating Health Disparities. American Journal of Public Health, 24(12), 2053-2055.

Gomes, S. (2019). Jornalismo e prevenção em saúde: retratos da imprensa portuguesa entre 2012 e 2014. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga.

Hallahan, K., Holtzhausen, D., Van Ruler, B., Verčič, D., e Sriramesh, K. (2007). Defining strategic communication. International journal of strategic communication, 1(1), 3-35.

Hermann, C. (1963). Some Consequences of Crisis Which Limit the Viability of Organizations. Administrative Science Quarterly, 8(1), 61-82.

Holladay, S. (2009). Crisis Communication Strategies in the Media Coverage of Chemical Accidents. Journal of Public Relations Research, 21(1), 208-217.

Jouany, V. (2020). Crisis Communication — How to Communicate Effectively with Your Employees. Retirado de https://blog.smarp.com/crisis-communication-how-to-communicate-with-employees-during-a-crisis

Knight, M. (2020). Pandemic Communication: A New Challenge for Higher Education. Business and Professional Communication Quarterly, 83(2), 131-132.

Kovach, B. e Rosenstiel, T. (2003). The elements of journalism. Londres: Atlantic Books.

Kovach, B. e Rosenstiel, T. (2007). The elements of journalism: What newspeople should know and the public should expect. New York: Three Rivers Press.

Kreps, G. e Thornton, B. (1984). Health communication. Nova Iorque: Longman Inc.

Lacy, S., e Rosenstiel, T. (2015). Defining and measuring quality journalism. Rutgers School of Communication and Information.

Lázaro-Rodríguez, P. e Herrera-Viedma, E. (2020). Noticias sobre Covid-19 y 2019-nCoV en medios de comunicación de España: el papel de los medios digitales en tiempos de confinamiento. El profesional de la información, 29(3), e290302.

Local Government Association. (2020). Internal communications during times of crisis. Retirado de https://www.local.gov.uk/our-support/guidance-and-resources/comms-hub-communications-support/internal-communications-3

Lopes, F. (2007). A TV das elites. Porto: Campo das Letras.

Lopes, F.; Ruão, T., Marinho, S. e Araújo, R. (2012). A saúde em notícia entre 2008 e 2010: retratos do que a imprensa portuguesa mostrou. Comunicação e Sociedade [número especial], 129-170. doi: 10.17231/comsoc.23(2012).1361

Lopes, F., Ruão, T., e Marinho, S. (2010). Gripe A na Imprensa Portuguesa: uma doença em notícia através de uma organizada estratégia de comunicação. Observatorio (OBS*), 4(4).

Lopes, F., Ruão, T., Marinho, S. e Araújo, R. (2011a). Jornalismo de saúde e fontes de informação, uma análise dos jornais portugueses entre 2008 e 2010. Derecho a Comunicar, 2, 100-200.

Lopes, F., Ruão, T., Marinho, S. e Araújo, R. (2011b). Escherichia coli: a disease in the news, Journal of Management & Marketing in Healthcare, 6(1), 51-62.

McQuail, D. (2003). Teoria da Comunicação de Massas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkien.

Martins, M. (2010). Prefácio: Jornalismo e sonho de comunidade. Em M. Oliveira Metajornalismo. Quando o jornalismo é sujeito do próprio discurso (pp. 9-13). Coimbra: Grácio Editor.

Mena-Young, M. (2020). La narrativa pública en salud: análisis de grandes reportajes sobre el ébola. Revista Linguagem & Ensino, 23(1), 260-279.

Northouse P. e Northouse, L. (1985). Health communication: a handbook for health professionals. Nova Jersey: Prentice Hall.

Obregón, J. (1998). Especialización, futuro del periodismo. Revista Latina de Comunicación Social, 7.

Ray, S. J. (1999). Strategic communication in crisis management: Lessons from the airline industry. Westport, CT: Quorum.

Reynolds, B. e Seeger, M. W. (2005). Crisis and Emergency Risk Communication as an Integrative Model. Journal of Health Communication, 10(1), 43-55.

Ruão, T. (2008). A Comunicação Organizacional e os Fenómenos de Identidade: a aventura comunicativa da formação da Universidade do Minho, 1974-2006. (Tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação), Universidade do Minho, Braga.

Ruão, T., Lopes, F., Marinho, S. e Araújo, R. (2011). Media relations and health news coverage: the dialogue on Influenza A in Portugal. Em G. Gonçalves (Ed.), The dialogue imperative, trends and challenges in strategic and organisational communication (pp. 63-80). Covilhã: Livros Labcom.

Schreier, M. (2012). Qualitative Content Analysis in Practice. Londres: Sage Publications

Schwitzer, G. (2009). Seven words (and more) you shouldn’t use in medical news. Retirado de http://www.healthnewsreview.org/toolkit/tips-for-understanding-studies/7-words-and-more-you-shouldnt-use-in-medical-news/

Selznick, Philip (1996). “Institutionalism ‘old’ and ‘new’ “, Administrative Science Quarterly, 41(2), 270-277.

Sharf, B. (1984). The physician's guide to better communication. Glenview: Scott, Foresman.

Sturges, D. L. (1994). Communicating through crisis: A strategy for organizational survival. Management Communication Quarterly, 7, 297-316.

Thomas, K. e Senkpeni, A. (2020). What Should Health Science Journalists Do in Epidemic Responses? AMA Journal of Ethics, 22(1), 55-60.

Valero-Cedeño, N. J., Mina-Ortiz, J. B., Veliz-Castro, T. I., Merchán-Villafuerte, K. M., e Perozo-Mena, A. J. (2020). COVID-19: La nueva pandemia con muchas lecciones y nuevos retos. Revisión Narrativa. Kasmera, 48(1).

Vaughan, E. e Tinker, T. (2009). Effective health risk communication about pandemic influenza for vulnerable populations. American Journal of Public Health, 99(2), 324-332.

Vos, S. C. e Buckner, M. M. (2016). Social Media Messages in an Emerging Health Crisis: Tweeting Bird Flu. Journal of Health Communication, 31, 301-308.

Walter, J., Kellermanns, F. W., Floyd, S. W., Veiga, J. F., e Matherne, C. (2013). Strategic alignment: A missing link in the relationship between strategic consensus and organizational performance. Strategic Organization, 11(3), 304-328.

White, D. M. (1950). The gatekeeper: a case-study in the selection of news. Journalism & Mass Communication Quarterly, 27(4), 383-90.

Wilson, A., Robertson, J., McElduff, P., Jones, A. e Henry, D. (2010). Does it matter who writes medical news stories? PLoS Med, 7(9), e1000323.

Yin, R. K. (2014). Case study research: design and methods (5 ed.). Thousand Oaks: Sage Publications.

Comunicação em Saúde: a cobertura mediática e a gestão da crise COVID-19 numa universidade
Publicado
08-10-2020
Cómo citar
Ruão, T., Gomes, S., & Silva, S. (2020). Comunicação em Saúde: a cobertura mediática e a gestão da crise COVID-19 numa universidade . Revista De La Asociación Española De Investigación De La Comunicación, 7(14), 54-77. https://doi.org/10.24137/raeic.7.14.3